quinta-feira, 25 de outubro de 2012

"Agá"

"Olhando dentro dos meus olhos, ele falou que a vida é feita de escolhas e me senti tão pequena naquela sala de aula que as lágrimas me rolaram dos olhos."

Será que as escolhas feitas nos últimos dias foram acertadas? É como se tivesse que acalmar um bicho selvagem nada resoluto que consome toda paz! Como domar a intempérie do ser? Mágoa, riso, dor, resignação, esperança... Tudo se transfigura, são cavalos correndo desordenadamente implorando libertação de algo que não se pode explicar. Como é possível que existam pessoas que não se permitam sentir isso? Elas não entendem o cansaço do racionalizar, do pesar, do narrar o indizível e reconfigurar um ser, um fato, um sentimento em turbilhões de palavras sedentas de elucidação, esclarecimento. Como não escrever? Como não pensar? Como respirar? Como carregar o fardo inenarrável de existir e não explodir? Liberdade é o espaço necessário à vida. Amplitude é o espaço necessário à alma!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Projeto

Esta na hora de iniciar uma nova jornada, atirar-se sem medo no desejo mais íntimo. A confiança está aí, o sonho também, a força de vontade se faz presente, logo é chegado o momento de recomeçar de onde parou. Criar, sorrir e não lamentar os empecilhos ou a dureza da crítica, aguardar sem o terror da ansiedade... Largar o cigarro!!! Eu quero este prêmio!!!! Aliás este prêmio já é meu!!!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Muito obrigado

É com um alívio desmedido que agradeço, obrigado por tudo e qualquer coisa que tenha feito por mim e em mim. O valor de perceber como ser a mesma e ser o melhor que se pode e se entregar, se dar aos projetos, aos amigos, e ver que a intolerância alheia é sim problemas dos outros e não meu, não me culpar porque alguém não me suporta. Eu amo as pessoas de uma forma mais universal porque diferente do que alguns teimam em acreditar há qualidades até nas pessoas mais difíceis. Sem raiva, sem rancor, sem nenhum sentimento a não ser o correto de fiz o que pude e se meu melhor não basta para viver em harmonia, sinto por esta pessoa pois seguirei de consciência limpa, afinal o meu objetivo é terminar o dia ouvindo música na tranquilidade de casa.

Molde

A leveza de ser folha, de ser levado ao vento, acalanto, alento, ser rocha quando tudo ruir, ser água se mudar, desejar... O desejo pode tudo, cria mundos e se refaz. Ser começo do resto e pra frente se compraz, de que adianta procurar culpados, o erro não se desfaz. Perdão só quem consegue ser maior e no seu melhor se doar!

Lacre

Velamos num lacre perpétuo coisas indizíveis, para resguardar a imagem que se tem, de que vale essa imagem no fundo da solidão de alguém. São livros, são músicas, são coisas, são amigos, nem amigos talvez só pessoas mas o são e quem aparta se retém. É o paradoxo de doar, quanto mais se doa mais se tem, sendo esta a lógica quanto mais se afasta... Para quem gosta de se enganar tornar pessoas bens de consumo é algo frívolo, mas quem sabe reconhecer em si e no outro tal equívoco será que existe salvação?

Se

Se eu coubesse em tua boca
Se estivesse nos teus braços
Se partilhasse seu abraço
Tudo se eu pudesse

Se eu me desfizesse em pranto
Se eu mais nada fizesse
Se de ti algo tivesse
Nada se eu pudesse

Se eu criasse "ses"
Se de novo tudo mantivesse
Se perdesse tudo de nós
Talvez algo pudesse

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Dicotomia

Lendo "Pensei, apenas pensei"
pensei ter tais pretensões
percebi que quimeras são açúcar
e que muito doce -como dizia o Jaimeson,
em sua grande sabedoria-
acaba por dar dor de barriga.

Que tal viver o real hein, A.M. Mota?
De platônico basta meu passado
longínquo de síndrome de caracol.
E é assim, repensando, relativisando...
Mandando se fuder quando necessário, kkkkk
A realidade taí, sempre falei que as vezes
o melhor jeito de lidar com ela é negá-la...
Concluo com a sensação de...
Pqp! Eu só falo m...



Agonia

Desolação
S.f. Isolamento; desamparo.
Devastação, ruína.
Extrema tristeza, aflição, consternação.


As palavras querem nascer e não sabem como, e é assim nesta perfeita definição que se consome a alma. A solidão profunda chama, a quietude se faz ressoante e exige a introspecção. Mas nada de ruim tem isso. É uma dor semelhante ao parto, ao suor do garimpo, ao maior objetivo vindo de um trabalho hercúleo. O perfeito quer brotar mas não consegue, se molda, desdobra, desenrola e volta a estaca zero, até que toda esta agonia frutifique graciosa, de leve e acalente o âmago e faça valer cada lágrima escorrida, cada dor ressentida e complete seu ciclo com a mais gratificante das limpezas no espírito.

Venham encantos o mundo quer lhes conhecer...