quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Qui.. me.. era...

Meu pior defeito é não "enxergar" o pior de você. Reluto para não demonstrar, mas sei que é idiotice minha. Como disse, quando paro para pensar, sinto vontade de chorar. Não sei como explicar a você mas é novo. Te amar é novo, o amor é novo, e o visto cada manhã em meu primeiro suspiro e na noite em meu último, ainda sim prossigo pois me pego o desejando dormindo. Não à toa que temo, não à toa que talvez me esconda em meus próprios brios tolos e invisíveis. Te amar me eleva, me alimenta, me esmaga e seca. Seria meu amor mais pueril, o mais senil, o mais rico e o mais verdadeiro.
Simples.
Te amo.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Encontro.

Uma centelha vagando alegremente
Junto aos grãos de areia,
Ao lado da minha exceção.
Em meu peito pétalas de rosas por mim,
Hoje saí para encantar o mundo, pulei o muro
dizendo bom dia pra velha que me odeia
e pedi aos céus que este fosse o primeiro de muitos dias azuis.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Alcoolizando.

Deixe que eu fique calada. Nesta hora não me provoque com palavras, a tristeza deixarei encoberta e não darei margem à poesia e sim ao álcool. Que se dane a dialética, termo algum representará o que sinto. Como denominasse a dor? A ela não devemos dar nomes, não há como referir-se ao sentimento da ferida. Quem é você e quem sou eu para detê-la? Com o tempo e somente após muito dele é que se canta vitoriosa certeza de não ter a temida que caminha a cada largo passo todas as sinas. Se, ora todos a tem por que não há costume, por que vinho e conhaque, por que dançar lágrimas nos bares. Por que chora a tarde Vanusa? Nem todos entenderão. Só um selvagem sem ter medo de usar coragem (atípica nos jovens apáticos de minha época) é que pode entender o que sinto. O pior de todos os sentimentos é a culpa, dela provém todo sofrimento. Surgi numa geração dormente, crianças tolas e carentes e que surtam que dor é não ter coca gelada na frizer de casa. Álcool, me embriago, me entorpeço, quem sabe assim volta e meia eu esqueço que nasci na década errada e que meu desejo não é sair de cara pintada, nem bancar uma luta armada, mas ver as pessoas buscando algo para valorar.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Risos.

Aí está você! Bem como pensei. Fugindo né?
Claro que sim! Senão, onde estaria minha poesia?
Te odeio!
Sei que sim, amo isso em você.
A eterna caça.
O eterno caçador (risos).
Vai sonhar hoje?
Sim, sempre. De lá que tiro meus melhores esconderijos.
Você me abandonaria?
Acredito que não, mas sei que você já me abandonou.
Sabe como? Não sabe, nunca fiz nem faria.
Se não pensasse a respeito não teria dúvida, se há dúvida há vontade.
Você é louca.
Bem-vindo a minha realidade.

sábado, 25 de outubro de 2008

A sós.

Ludibriada.
Cores, carícias, som...
Entorpece, esquece,
Adormece e me perde.
Bebe, abre em sorrisos,
Quebra em prantos,
Alumia dia, encobre noite.
Enrrosca, confunde, perfuma...
Arde em meios,
Rompe em verdade.
Transpassa desejos
Encora as faces.
Um cigarro de costas,
Abraço, sono e não ditos.
Sonhe com os anjos.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Carambola.

Seria melhor deixar quieto... Seria! Não importa se suas ações perderão força, a explicação numa mesa branca por uma vírgula qualquer de qualquer relação salva de fins desnecessários. No teatro quando diz-se "mesa branca", refere-se a uma conversa aberta em que você digere cena, personagens, falas e ações. Na real é no mínimo desconsertante fazê-lo, contudo necessário. Refazer-se todos os dias sabendo que acordará para ser destruído não traz sorrisos a todos. Freud explica! Mas nem eu mesma tenho paciência para Freud. Corre, voa, segue e queda, demolição e choro e ciclos, ciclos... Triciclos, onomatopéias e interrogações em testas que já nem mais perguntam. Viver sem sentir, não sentir para poder viver ou não se vive (bem). Tenha um ótimo dia. Já passa do meio-dia, cante "Boa tarde coleguinha!" E tenha um ótimo resto patético de dia!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Rascunho dos nadas.

"Desisti de tantas coisas que escreveria que decidi postar rascunhos de mim."

Alimento minha esperança com florzinhas astrais, ultimamente tenho dado pouca importância a elas. Ouço quem diga isso e aquilo e tenho que conviver aprendendo a ser cada vez mais impessoal, defeito, sou passional demais. É tão fácil desistir que em boa parte do caminho parece ser a melhor saída. Enfrentar a realidade, por vezes já significou pra mim virar a cara e negá-la, mas não devia ser assim. Tememos tanto o sofrer e a dor que acabamos nos mazelando por antecipação. De certo, os sinais estão em torno e olhar além do universo do próprio umbigo por ser tão incerto causa tanta angústia e retraimento das pessoas, incluindo a mim mesma. Sempre sorria para as pessoas na rua, mas a indiferença da cidade grande fez com que meu sorriso se apagasse. O problema foi a imparcialidade das pessoas? Não, o problema fui eu que não soube expandir o sorriso nas diversidades. Como dizia Lia Luft : a esperança rebrilha como pedrinhas de cor entre raízes. Como faço "rebrilhar as pedrinhas" sobre o tempo?

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Aonde?

Você demorou a subir.
É, eu ainda estava sonolenta e não quis levantar.
Está bem?
Sim, sim. Não ligue, só acordarei mesmo depois de uma grande xícara de café preto.
O que aconteceu ontem?
Pergunto à você. Eu dormi. No mínimo ronquei. Por onde você andava?
Hum, então deu por minha falta?
Sim...
Visitei seu íntimo.
Hã?
Você está tão difusa, está melancólicamente linda.
Fácil, estou pertubadamente apaixonada,
quero morrer, não é bonito?

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Estamos bem!

Sim, tudo continua seguindo como normalmente aconteceria. Como fica consigo mesmo alguém que quebra suas próprias crenças? Pois é, não fica... O sentimento parece ser o de uma ressaca de vinho. Passado os 30 segundos, que na verdade duraram 2 dias e 1/2, percebo que devo apenas rir. Gargalhar das desilusões, dos desafetos, dos desencontros... Nos vemos nus e incapazes de fazer algo a respeito, pensamento lógico: Vamos rir de nossos corpos. Simples.
Fecho e abro os olhos,
molhados ou não, brilhantes ou não.
É imutável.
A veste branca e o sorriso largo nunca
são abatidos por quarquer mazela.
Sempre há beleza no todo como no dia
em que em silêncio te chamei de meu.
Não há cavalo nem armadura, mas há
o sonho e a personificação dele.
Besteira... Não é sonho, é a coisa mais linda:
Você.
Sem uma heroína, sem a personagem.
Com uma metade que tanto faz,
você acata estar ao lado de uma parte...
Eu não!
E estamos bem.

sábado, 11 de outubro de 2008

Passando.

Olhos fundos,
peso, sono inundo.
Marcado, pútrido,
encoberto, não, desnudo.
Doente, demente,
imundo.
Só...
Meu eu vagabundo.

Substituí "coração" por "eu", pois notei que se meu coração estivesse assim qualquer um que lesse pensaria que eu traira alguém (risos). Feio né? Mas estou me sentindo meio down e escritos assim fluem com uma facilidade tremenda. Sou eu somada a um sem número de preocupações. Dêem-se mil dias. Você meu afeto tranquilo, sumido, saudade. Imaculado em lacro, morno, até presença resuscitá-lo. Amo, mesmo quando esquece e me faz em pranto. Saudade.

¬¬

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ahhhhhhhhhhhhh

Oi! Ah quanto tempo? Como vai você?
Estou bem, meio perdida, mas bem.
Perdida? Perdida como?
Como se estivesse em um jogo de bilhar com 2 péssimos jogadores.
Não seja mentirosa.
Mentirosa? Eu? Por que?
Porque você é uma ótima jogadora de bilhar.
E você?
Me perguntando o porque de suas olheiras.
São olheiras de cansaço e eu as adoro, são fictícias.
Hã? Como assim?
Só tenho olheiras em sonhos.
Desculpa, um beijo, mas agora preciso viver.
Vai acordar?
Vou!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Retoricando...

Hã?
Que foi isso?
Menos de minuto e tudo desandou como se nunca houvesse andado.

Raiva
do Lat. * rabia, por rabies
s. f.,
Veter.,
doença provocada por um vírus que ataca os carnívoros, especialmente o cão e o gato, e que se transmite ao homem por mordedura destes;
hidrofobia;
fig.,
aversão;
ódio;
fúria;
apetite irresistível;
prurido que as crianças sentem nas gengivas, na primeira dentição;
espécie de biscoito.

Sou tão passível de deixar as pessoas "putas" sem razão aparente?
Sarcasmo, não há sono. Estava bem. Só sem criação alguma, mas estava relativamente bem.
Não iguale-se aos comuns, nem por desencanto, nem por prova. Estou absurdada e hoje de manhã não vi muita coisa da nossa praxe. Dependente. Triste. Fosco. Nem a roupa arrumadinha impediu que eu te visse tão nu como hoje. Acatado, baixo, longe... Sou eu que estou te fazendo tão mal? Deixarei correr o dia. Se você não é capaz de voltar não deveria ter partido. Incontida! Medidas não deveriam existir para nós. Desabafo! Não consigo mais chorar, gastei todas inultimente. Bebida! Cadê minha ressaca? Intrigada! Quem falou o quê? Caco... A vida é minha!