quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Tango.

Foi tanto ir e eu fiquei
Entre esperar e amar eu parei
Dormir fez-se noite
Na noite chorei
Foi ao dedicar-me
Que me abandonei.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Crise.

Realmente eu tinha o que postar hoje, mas o que escrevi me machucou tanto, resolvi postar outro dia quando "doer" menos. Como coisa que a dor passasse por desejo. O fato é que escrevi num velho caderno seis linhas que me machucaram como nunca e chorei por meia hora, e, a dor há tempo nunca fora tão palpável. Estamos diariamente a prova, mas e quando a pessoa que amamos nos testa? Que fazer? Tive um fim de semana dolorido, por "N" motivos que não valem a pena citar. Amu! Fazer o quê? xoxo nada de gossip babys kkkkkkkkkkkkk fui!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Lis.

Na rede embalava vários pensamentos sobre o dia. Miolo em um copo vagabundo ainda com a embalagem de azeitonas parcialmente rasgada, queijo cortado sem muita cooordenação, Neruda em paginás alternadas, Nara Leão nunca fora tão desprezada e uma calmaria dominava aquele final de tarde de sábado, tranquilas cada partícula de nada presente no ar permanecia. Tudo era pasmaria, tudo menos o coração.
Ainda entalada com aquele “tchau”. Do porto você cantou uma música tão nova e tão antiga, choramos demais. A capital não possui o glamour que dizíamos ter. Na verdade, nossas conversas chorosas eram bem mais elegantes que tudo isso aqui. Nem freira, nem arquiteta, nem militar, nem jornalista. Você, bem, você constituiu família. Lembro de inúmeros “argh’s” quando alguém citava a idéia de prole.
Sua filha tem meu apelido. Vi a fotografia, o primeiro aniversário dela, vocês estavam lindas. Quando li a descrição da foto (Eu e Ysa) as lágrimas desceram nos cantos dos olhos. Me perguntei o porque de você não me dizer nada, não avisou nem ligou. São quatro anos sem nos falar, mas naquele momento fui tão amada, você não esqueceu, nossa amizade está adormecida por tempo indeterminado, vi o quanto a amo e que nunca foi preciso dizermos nada. Sua cria tem parte de mim.
Ainda guardo uma carta, 17 de julho de 1999, Elis. Esta toda marcada e corroída, lia sempre, mas o sempre as vezes também fica esquecido. Aquele barco distinguiu as vidas e as passagens, o primeiro beijo que te contei no corredor da escola e de chorarmos juntas o fim do ano letivo e consequente separação, só não contava com o tempo.
Chegamos ao ponto em que o dia se arrasta como décadas cafonas e cruéis, já os anos voam pela janela nos fazendo velhos a cada brisa. Suas mentiras fazem falta e toda a dramaturgia do seu dia, fazer bolos incomíveis e chacotear as garotas rebolativas querendo chamar a atenção dos meninos idiotas. O mundo estava no pé, infelizmente ambas calçam 39 então o mundo ficou pequeno. Poxa nem tomamos um porre juntas.
Não estou triste pelo seu rumo, não foi isso que você escolheu, mas foi o que a cultura interiorana te permitiu, independente do que os outros defendam com aquele papo de lutar para ser alguém e blá blá blá, sei da realidade, da verdade e do dia, se tivesse ficado não seria diferente. Sairia de uma prisão a outra como brincadeira de criança. Criança que brinca com a vida e morre sem vivê-la. O presente dos dias é o inesperado.
O livro de História ficou péssimo, nunca se viu pior capa para um livro, mas as risadas provocadas por ele foram eternas. Ainda sabemos roubar frutas? Bocas de cor púrpura e saias cheias de azeitonas, ingás e goiabas. A coleção de flores mortas era linda, doentia, mas linda, infelizmente também foi desfeita.
No fundo de cada verdade ficam as faces, em cada face versões e em cada versão o seu lado de verdade. A tenracidade daqueles dias está presente nas lembranças. As cicatrizes são iguais o que as diferem são as profundidades. O peito inunda com a reciprocidade e a distância, há ainda ausência das palavras e do contato afetivo que seriam requesitos básicos de qualquer amizade. Sempre aí e eu aqui.
A moça mais bonita da cidade, era o corpo, a letra e o jeito. Sombra de adolescência, quando se demora muito a amadurecer o processo passa e é tarde demais, você pula direto para a fase adulta, não é bonito. Abrupto, pureza corrompida, inverdades sem malícia, crueldade sem requinte.
Vinho, queijo, música e livros. Sozinha na varanda. Família, filha, casa, amigos sempre ao redor, barulho, risos e um dia repleto de pequenas alegrias banais. Quem ganhou mais com aquela viagem? O rio corre da mesma forma que corria, os bíquinis continuam dando raiva e vestindo muito bem quem não deveria usá-los. Falaríamos e riríamos de todas as situações que só a categoria de nossas olhadas enquadram. Seu lugar era aqui, por isso bebo e bêbada desperdiço parte de mim.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Saindo!

Este mundo já não me comporta mais...

Soltei as amarras, alcancei o rio e vi alguém tão abaixo do que poderia. A sala era pequena demais, o desafio desistira de mim e o costume triunfara, não reconhecia mais eu em mim. O que aconteceu? Não sei dizer, mas confesso que independente do que for que tenha ocorrido a transformação de seu de forma natural, mas não, não era esperado. O silêncio foi corrompido não pelo grito, mas por um aceno de tchau. Adorei a vivência, me ensinou tudo o que eu não quero pra mim. Grata, muito grata.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Crianças.

Oi, passou muito tempo né?
Estou feliz de te ver.
Mal te reconheci, cortou ocabelo, está sem maquiagem...
Verdade, rsrs, estou ouvindo muito Elis.
Rsrs, como sempre. Bem, o que faremos?
Não querendo ser grossa mas... Cale a boca!
O que foi?
Apenas me dê a mão.
Como? Assim?
Isso!
E agora?
Lembra quando éramos pequenos e saíamos por sair de mãos dadas com o sol no rosto?
Sim, lembro, mas...
Nada de "mas"! Lembra a sensação?
Normal?!
Ahh! Claro que não era normal, éramos crianças! Respire!
Ok!
Agora simplesmente limpe sua mente e me acompanhe.
Para onde vamos?
Não interessa para onde ou porque, preste atenção em si e em seu caminho.
Você acha que...
Sim, experimente!
(chorando) Posso voltar a te amar?
Sei que você nunca deixou, só afastou em pouco, como todos fazem.
Você ainda me ama?
(um tapa) Positive ou negative meu gesto. Estou aqui, esta é resposta.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Trecho da agenda.

04.11.08 § 02 meses ( ainda puta pela imagem dele de cabeça para baixo dormindo bêbado.)

“Tem um lugarzinho no meu coração que nem você é capaz de saber que está lá. Você está preso em sua 'liberdade' e por mais que me doa nunca vou nem tentar te livrar disso, o tempo te ensinará e você verá o que fez com consciência, mas será que até lá eu não terei me acostumado? Em caso positivo você vai me deixar, porque achará horrendo uma mulher aceitar as coisas assim; já em caso negativo você me deixará por passar a me ver como coitada e achará baixo demais para você. Entre a cruz e a espada eu escolho a flor!”

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Boa vida pra você.

Fico grata por todas as palavras e mensagens, de fato estou lisonjeada, e sim eu sou eternamente agradecida por tudo que você fez por mim, contudo entenda que o bem feito não foi em vão, mas como o pretérito indica ficou no passado. Você foi e eu fiquei, você não contava que eu também superasse não é? Então estou aqui e infelizmente digo, quem parou foi você, sinto muito mas a verdade é que já não sinto, independente de quantas vezes insistir, nada mudará o fato de que eu mudei, de que o que seja lá que houvesse morreu, e para mim tanto faz quem matou, se existem culpados ou não, se te odiei um dia, se feri ou fui ferida. Desejo muita calma e trabalho, você saberá assim como eu soube, que estes são fatores fundamentais em todo e qualquer sofrimento, se ainda sim você vier atrás de “ombro amigo” te dou mais estas dicas: Visite o Largo as quartas, bem, invista também nos Bilhares, boites de putaria ou qualquer coisa que o faça rir. Compre roupas! Tenha um gato! Eles são maravilhosos para quem quer um bichano carinhoso sem ter que cuidar muito. Esqueça o número do meu telefone, é somente um número e não a indicação da sua salvação. Saia, divirta-se. Coma mais frutas e sim volte a viajar como antes fazia. Procure os amigos de infância, nem que seja para um bate-papo por telefone, leve seus sobrinhos, filhos, enteados, tios, avós e conglomerados para o circo, estes tipos de atividades o ocuparão de uma maneira que apesar de tudo e de todo gasto será satisfatória. Deixe a barba crescer uma vez a cada trimestre, nesta sua pele me agradecerá muito. Vá a Ponta Negra, ao CIGS, conheça o Vitrola, esteja certo, eu não estarei lá (nada pessoal ¬¬ ). Pare de freqüentar o Avenue. Saia das micaretagens e festas de mesmo naipe, são distorções coletivas que não te acrescem em nada, com exceção do Chiclete com Banana! Não fique rodeando seus problemas ou falando muito deles. Não tenho obrigação de ouvir suas lamúrias, aliás ninguém tem. Pare e pense um pouquinho, saia deste egoísmo atual e encontre as outras formas de egoísmo que são justamente as de que precisa. Isso é tudo que posso te oferecer, estes poucos conselhos, de resto apenas digo se nada disso te servir mesmo assim me esqueça. Meu tempo para você se esgotou, então lembre-se: Seus problemas são seus, assim como os meus são meus e ninguém pode fazer nada pelos problemas dos outros. O dito popular é certo: “ Quem tem pena do coitado que fique no lugar dele!”

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Aos prantos.

"Na frente do computador, sozinha nesta manhã fria."

Chorando de idiota, choro.
Porque comporto tão grande sentimento e cresce um tanto quanto o tempo.
Vi sua foto. Me faltou chão.
Meu melhor de mim, meu você, minha noite fria de costela,
meu sorriso na chegada.
Choro por alvo, choro por efêmero,
por saúde ou falta dela...
Você, eu, os dias, beleza, a falta hoje, a sangria.
O idealismo, a visita, a crítica...
Choro e fico.
O seu melhor não por você, por meu egoísmo.
Você mais intrínseco.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Chorando poeira.

Sim, percorremos na linha tempo-espaço e seguimos vagando, as vezes mais afetados, as vezes menos notados, confusos, altruístas, declinados, caminhando... ou não. Uma pergunta direta nos tira o fôlego de vez em sempre. Sim nos calamos com o direto. Flauteamos a vida por medo das aberturas. Me recuso a aceitar o óbvio, mas nada que eu faça poderá mudar ou influir no ponto que estamos. O que está morto está morto, mas não menos influente no que nos afeta. Sim, marcou mas não poderá ser revisto, revivido, afável... Choraremos o pó do homem? Não! Choraremos sua história, o entrelace, a costura, o nó, a dúvida, ou melhor, as dúvidas, os "e se's". Que idiotice não se choram "e se's" é coisa de fracos. Ok, beleza! Na face da Terra todos os viventes são bem resolvidos e jamais se afetarão pelo outro, e ainda vestirão que o outro sou eu, e que eu sou um espelho do pragmatismo ortodoxo cotidiano. Levem flores, rezem ao estigma das rosas brancas e sorriam aos homens sujos que pedem esmola no estado da fartura, sim sorriam mas não os deixem nas calçadas de suas casas. O resultado de nós é um histórico, sem pontos, sem vírgulas, atropelado de erros e desencontros, amarrado por correntes, pairando entre ritmos de pensamento e sansões de sentimentalismo. Diferentes graus, no entanto todos comedidos pela mesma densidade ou falta dela dentro de suas respectivas sensações. Abramos os olhos para as cadelas com colares de cristais. As praças dão náusea, o conhaque dá náusea e tudo paira sobre um tecido preto de textura áspera que sempre esfola os joelhos.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Nóis

Sela seu desejo ao meu
Ata sua sede à minha
Unifica nossos âmagos
Enlaça todo querer
Iça as vontades
Eriça cansadas pupilas
Alisa boca na língua
Encontra com as papilas
Toca na troca
Aguça os mamilos
Lambe o umbigo
Escorre no queixo
Cega saliva.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Conceituando.

Odeio meu xiismo. Tenho tido dificuldades para criar definições das coisas que vejo e vivencio. Exemplo 1: Não sei dizer o que é Pureza. Acho que sei o que é mas não consigo descrever de forma alguma. Me obrigo a ter partido e renegar os meios termos, adoto partidos e sigo os extremos de minhas crenças. É errado eu sei, não se pode seguir tudo paulatinamente como se fosse um Che das orbes naturais. Mais uma vez este tipo de comportamento me deixa em uma situação assaz delicada. Tenho medo de mim, pois não sei do que sou capaz de fazer ao assumir a empreeitada de autodescoberta em que estou me metendo. E se eu for e não puder voltar? Será que volto? Por que tenho tanto apego pelo que sou hoje se não gosto de muito do que vejo? Uma caminhada delicada, dolorosa, sofrivél e muito complexa. Resultados incertos. Coloquei em meu profile algo tipo "Psycologhist buster", fato 1: Preciso de ajuda profissional. Fico insuportavelmente chateada comigo por não perceber as alterações e situações que ocorrem simultaneamente ao meu redor, coisas bobas. Exemplo 2: Você deu um tapa na cara daquela mulher. Sim eu vi, você estapeou a dita cuja e eu vejo raiva ou vingança, mas fica nulo e quieto o porquê dentro de mim e não consigo extrair a verdade mesmo óbvia. Os sentimentos péssimos me envolvem, sabe todos aqueles que geralmente começam e terminam pela culpa. Sim esqueci o que é estima, mas quer saber escrever tudo que percebo em um pequeno caderno tem me deixado muito mais calma. Sairei deste labirinto, tranquila, bem diferente de como entrei em todos os sentidos.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Qui.. me.. era...

Meu pior defeito é não "enxergar" o pior de você. Reluto para não demonstrar, mas sei que é idiotice minha. Como disse, quando paro para pensar, sinto vontade de chorar. Não sei como explicar a você mas é novo. Te amar é novo, o amor é novo, e o visto cada manhã em meu primeiro suspiro e na noite em meu último, ainda sim prossigo pois me pego o desejando dormindo. Não à toa que temo, não à toa que talvez me esconda em meus próprios brios tolos e invisíveis. Te amar me eleva, me alimenta, me esmaga e seca. Seria meu amor mais pueril, o mais senil, o mais rico e o mais verdadeiro.
Simples.
Te amo.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Encontro.

Uma centelha vagando alegremente
Junto aos grãos de areia,
Ao lado da minha exceção.
Em meu peito pétalas de rosas por mim,
Hoje saí para encantar o mundo, pulei o muro
dizendo bom dia pra velha que me odeia
e pedi aos céus que este fosse o primeiro de muitos dias azuis.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Alcoolizando.

Deixe que eu fique calada. Nesta hora não me provoque com palavras, a tristeza deixarei encoberta e não darei margem à poesia e sim ao álcool. Que se dane a dialética, termo algum representará o que sinto. Como denominasse a dor? A ela não devemos dar nomes, não há como referir-se ao sentimento da ferida. Quem é você e quem sou eu para detê-la? Com o tempo e somente após muito dele é que se canta vitoriosa certeza de não ter a temida que caminha a cada largo passo todas as sinas. Se, ora todos a tem por que não há costume, por que vinho e conhaque, por que dançar lágrimas nos bares. Por que chora a tarde Vanusa? Nem todos entenderão. Só um selvagem sem ter medo de usar coragem (atípica nos jovens apáticos de minha época) é que pode entender o que sinto. O pior de todos os sentimentos é a culpa, dela provém todo sofrimento. Surgi numa geração dormente, crianças tolas e carentes e que surtam que dor é não ter coca gelada na frizer de casa. Álcool, me embriago, me entorpeço, quem sabe assim volta e meia eu esqueço que nasci na década errada e que meu desejo não é sair de cara pintada, nem bancar uma luta armada, mas ver as pessoas buscando algo para valorar.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Risos.

Aí está você! Bem como pensei. Fugindo né?
Claro que sim! Senão, onde estaria minha poesia?
Te odeio!
Sei que sim, amo isso em você.
A eterna caça.
O eterno caçador (risos).
Vai sonhar hoje?
Sim, sempre. De lá que tiro meus melhores esconderijos.
Você me abandonaria?
Acredito que não, mas sei que você já me abandonou.
Sabe como? Não sabe, nunca fiz nem faria.
Se não pensasse a respeito não teria dúvida, se há dúvida há vontade.
Você é louca.
Bem-vindo a minha realidade.

sábado, 25 de outubro de 2008

A sós.

Ludibriada.
Cores, carícias, som...
Entorpece, esquece,
Adormece e me perde.
Bebe, abre em sorrisos,
Quebra em prantos,
Alumia dia, encobre noite.
Enrrosca, confunde, perfuma...
Arde em meios,
Rompe em verdade.
Transpassa desejos
Encora as faces.
Um cigarro de costas,
Abraço, sono e não ditos.
Sonhe com os anjos.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Carambola.

Seria melhor deixar quieto... Seria! Não importa se suas ações perderão força, a explicação numa mesa branca por uma vírgula qualquer de qualquer relação salva de fins desnecessários. No teatro quando diz-se "mesa branca", refere-se a uma conversa aberta em que você digere cena, personagens, falas e ações. Na real é no mínimo desconsertante fazê-lo, contudo necessário. Refazer-se todos os dias sabendo que acordará para ser destruído não traz sorrisos a todos. Freud explica! Mas nem eu mesma tenho paciência para Freud. Corre, voa, segue e queda, demolição e choro e ciclos, ciclos... Triciclos, onomatopéias e interrogações em testas que já nem mais perguntam. Viver sem sentir, não sentir para poder viver ou não se vive (bem). Tenha um ótimo dia. Já passa do meio-dia, cante "Boa tarde coleguinha!" E tenha um ótimo resto patético de dia!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Rascunho dos nadas.

"Desisti de tantas coisas que escreveria que decidi postar rascunhos de mim."

Alimento minha esperança com florzinhas astrais, ultimamente tenho dado pouca importância a elas. Ouço quem diga isso e aquilo e tenho que conviver aprendendo a ser cada vez mais impessoal, defeito, sou passional demais. É tão fácil desistir que em boa parte do caminho parece ser a melhor saída. Enfrentar a realidade, por vezes já significou pra mim virar a cara e negá-la, mas não devia ser assim. Tememos tanto o sofrer e a dor que acabamos nos mazelando por antecipação. De certo, os sinais estão em torno e olhar além do universo do próprio umbigo por ser tão incerto causa tanta angústia e retraimento das pessoas, incluindo a mim mesma. Sempre sorria para as pessoas na rua, mas a indiferença da cidade grande fez com que meu sorriso se apagasse. O problema foi a imparcialidade das pessoas? Não, o problema fui eu que não soube expandir o sorriso nas diversidades. Como dizia Lia Luft : a esperança rebrilha como pedrinhas de cor entre raízes. Como faço "rebrilhar as pedrinhas" sobre o tempo?

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Aonde?

Você demorou a subir.
É, eu ainda estava sonolenta e não quis levantar.
Está bem?
Sim, sim. Não ligue, só acordarei mesmo depois de uma grande xícara de café preto.
O que aconteceu ontem?
Pergunto à você. Eu dormi. No mínimo ronquei. Por onde você andava?
Hum, então deu por minha falta?
Sim...
Visitei seu íntimo.
Hã?
Você está tão difusa, está melancólicamente linda.
Fácil, estou pertubadamente apaixonada,
quero morrer, não é bonito?

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Estamos bem!

Sim, tudo continua seguindo como normalmente aconteceria. Como fica consigo mesmo alguém que quebra suas próprias crenças? Pois é, não fica... O sentimento parece ser o de uma ressaca de vinho. Passado os 30 segundos, que na verdade duraram 2 dias e 1/2, percebo que devo apenas rir. Gargalhar das desilusões, dos desafetos, dos desencontros... Nos vemos nus e incapazes de fazer algo a respeito, pensamento lógico: Vamos rir de nossos corpos. Simples.
Fecho e abro os olhos,
molhados ou não, brilhantes ou não.
É imutável.
A veste branca e o sorriso largo nunca
são abatidos por quarquer mazela.
Sempre há beleza no todo como no dia
em que em silêncio te chamei de meu.
Não há cavalo nem armadura, mas há
o sonho e a personificação dele.
Besteira... Não é sonho, é a coisa mais linda:
Você.
Sem uma heroína, sem a personagem.
Com uma metade que tanto faz,
você acata estar ao lado de uma parte...
Eu não!
E estamos bem.

sábado, 11 de outubro de 2008

Passando.

Olhos fundos,
peso, sono inundo.
Marcado, pútrido,
encoberto, não, desnudo.
Doente, demente,
imundo.
Só...
Meu eu vagabundo.

Substituí "coração" por "eu", pois notei que se meu coração estivesse assim qualquer um que lesse pensaria que eu traira alguém (risos). Feio né? Mas estou me sentindo meio down e escritos assim fluem com uma facilidade tremenda. Sou eu somada a um sem número de preocupações. Dêem-se mil dias. Você meu afeto tranquilo, sumido, saudade. Imaculado em lacro, morno, até presença resuscitá-lo. Amo, mesmo quando esquece e me faz em pranto. Saudade.

¬¬

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ahhhhhhhhhhhhh

Oi! Ah quanto tempo? Como vai você?
Estou bem, meio perdida, mas bem.
Perdida? Perdida como?
Como se estivesse em um jogo de bilhar com 2 péssimos jogadores.
Não seja mentirosa.
Mentirosa? Eu? Por que?
Porque você é uma ótima jogadora de bilhar.
E você?
Me perguntando o porque de suas olheiras.
São olheiras de cansaço e eu as adoro, são fictícias.
Hã? Como assim?
Só tenho olheiras em sonhos.
Desculpa, um beijo, mas agora preciso viver.
Vai acordar?
Vou!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Retoricando...

Hã?
Que foi isso?
Menos de minuto e tudo desandou como se nunca houvesse andado.

Raiva
do Lat. * rabia, por rabies
s. f.,
Veter.,
doença provocada por um vírus que ataca os carnívoros, especialmente o cão e o gato, e que se transmite ao homem por mordedura destes;
hidrofobia;
fig.,
aversão;
ódio;
fúria;
apetite irresistível;
prurido que as crianças sentem nas gengivas, na primeira dentição;
espécie de biscoito.

Sou tão passível de deixar as pessoas "putas" sem razão aparente?
Sarcasmo, não há sono. Estava bem. Só sem criação alguma, mas estava relativamente bem.
Não iguale-se aos comuns, nem por desencanto, nem por prova. Estou absurdada e hoje de manhã não vi muita coisa da nossa praxe. Dependente. Triste. Fosco. Nem a roupa arrumadinha impediu que eu te visse tão nu como hoje. Acatado, baixo, longe... Sou eu que estou te fazendo tão mal? Deixarei correr o dia. Se você não é capaz de voltar não deveria ter partido. Incontida! Medidas não deveriam existir para nós. Desabafo! Não consigo mais chorar, gastei todas inultimente. Bebida! Cadê minha ressaca? Intrigada! Quem falou o quê? Caco... A vida é minha!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Sem maquiagem...

Ai que culpa! De quê?
Hoje eu queria dormir e acordar daqui a quinze dias. Estou enfadada. Não consigo mais disfarçar o canyon de tristeza que me afasta das outras pessoas. O motivo, bem, o motivo não me está claro. Sinto dizer que a idéia de isolar-me cada vez mais é certa. Não tenho vontade de nada e até sorrir soa falso. Não estou sendo dissimulada. Crises todos vivem e a maioria das pessoas supera. A ficha não caí de jeito nenhum e a dor acumula de forma implícita e mais pesada. Não consigo? Desta vez parece que não. O tempo não corre e tudo está superlativado. Sou eu lendo Dom Casmurro no meio de um redemoinho. Se quer alguma verdade dou esta: A DOR É INEVITÁVEL. Embora não possa dizer que é ela que me faz ser o que sou. No momento quero esclarecer apenas o que estou fazendo comigo. De que adianta ter identidade definida e não saber usá-la? Virei um fantasma de mim? Como explicar isso aos que vivem comigo? Ninguém entenderia, no máximo fingiriam que compreendem e retomariam suas vidas, tenho muita experiência nisto. Passam os dias e eu não passo disso.

sábado, 27 de setembro de 2008

Lavando roupas com boi.

Hum...
Digamos que você quer muito fazer algo, mas por outro lado você deve fazer outra coisa.
Na verdade eu não queria nenhum dos dois. Salve o happy hour da semana que não me deixa lavar roupas! É um sequestro consentido. Quem dera minhas roupas entendessem isso. Infelizmente elas não se lavam sozinhas. Ao chegar em casa me deparo com a súplica tristonha daquela pilha abandonada implorando para que eu a tome em punho e labute nela. O corpo coitado, padecido dos males alcóolicos, vira a cabeça para o lado estende o braço, pega uma toalha pendurada, banha-se e vai dormir. Na manhã seguinte abrem-se os olhos e recomeça a ladainha dos tecidos a resposta é pneumática assim como a reação: Desta semana não passa! Então vem a memória do final da tarde anterior. Só uma para descontrair da semana... Só mais uma... Peraê, vamos interar a grade... Vamos para a feirinha? Se meus colegas de trabalho vissem a cena das roupas não me viriam com tal conversa, visto que sou tão maleável a tentações etílicas. Acabei no boi, bebendo muito e sem tirar o pensamento do labor que me esperava em casa. Agora trabalho, às cinco retorno à casa eu acho (risos) e começa tudo de novo.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O momento do dia.

Das pequenas alegrias aranco grandes sorrisos abertos...

Subia a escada do refeitório quando ouvi o sinal do meio-dia emitido pela igreja da esquina. Desta vez não eram sinos, isto me causou grande surpresa, sempre são sinos! Sintonizei meus ouvidos, um arrepio correu o corpo, ouvi música. Não era qualquer música, era uma sequência de cantos do Pe. Zezinho. Estes trilharam toda minha infância e parte da adolescência. Entrava em contato não somente com o som mas com um sentimento nostálgico tão doce e inocente que pensei ter de volta os 15 anos. Bastou pra eu ser mais feliz HOJE. Ainda cantando servi-me e fui almoçar toda serelepe.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Os livros sem capa.

Herdei de um tio há anos atrás, um pequeno acervo de livros muito antigos. No geral, estes estão rasgados, amarelados, roídos e sem capa. Nas mudanças de cidade e de casa também estes pobres sofreram tanto que muitos infelizmente não se salvaram. Esta é uma ferida. Amei cada texto incompleto e desejei ter aquelas páginas que foram arrancadas de volta para melhor compreender lacunas que até hoje estão abertas acerca deles. Deveria ficar imensamente triste por não ter tido incentivo para cultuar minha leitura, mas a paixão pelas letras foi algo natural. Apeguei-me a um punhado de clássicos corrompidos. Fiz deles o todo de uma parte e sinto-me coibida... Até hoje o que resta de primor é um livro de poesias regionalistas de Jânio Quadros, que sei quase de cor. Ah teatro! Perder-me-ia se houvesse um clarão literário com corajosos que impusessem a loucura como sempre faço (nada demais). Este é mais um dos motivos pelo qual sou apaixonada pela produção da época da ditadura. Podada... As condições financeiras sempre pesam, mas naquela época não! Que me falta? Tola, tola... Deixarei os livros em seu devido "esquecimento" e seguirei caminhando admirando o novo, contudo valorando ainda mais os bons amigos da minha solidão escolhida.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Bom dia, Maysa!

Domingo... Nada mais revelador que uma manhã de domingo.
Acordei, tomei um banho demorado e merecido. Ainda desgrenhada desci as escadas, fui à cozinha, tomei um café reforçado e voltei ao quarto. Naquele dia específico não somente abri os olhos, eu realmente havia acordado e me encontrava num grau de percepção que há muito perdera. Deitei no chão frio do quarto. Encontrei com minha versão televisiva, exatamente no episódio em que ela se achava no mesmo ponto que eu. Ri, chorei e senti exageradamente tudo que assistia em aproximadamente 30 minutos. Estavam no quarto eu, minha realidade, um ontem dolorido e muitas dúvidas. Foi quando houve o estalo. O about blank seguido de um mar de certezas, e, a maior delas: Nada poderia ser revolvido. Foi quando acatei o que me era servido. Sempre vi meus cantos escuros como necessidades para auto-afirmação, não é de todo verdade. Neste ponto devo agradecer e muito. Os lugares ocultos de mim, falavam coisas que eu acreditava ser inerentes a mim e só. Contudo a revelação de um segredo pode modificar tudo da forma como se conhece. Eu nunca menti meus sentimentos. As palavras que proferi me direcionando a ilusão, tornaram-se fato mas nos olhos de uma outra pessoa, percebi o peso disso, mas o mais tocante foi saber que enfim quando aconteceu foi inacreditavelmente mais bonito e um tantinho assim melancólico... Lindo! Me vesti, penteei os cabelos e saí cantando para o trabalho.